Fui traído: Quais os meus Direitos no Divórcio?

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Fui traído, quais os meus Direitos no Divórcio? A descoberta de uma traição pode abalar profundamente a estrutura emocional e relacional de uma pessoa. A dor surgindo dessa descoberta, muitas vezes, conduzem a um turbilhão de sentimentos e questionamentos. E, em meio a essa tempestade emocional, surge uma questão prática e imperativa: “Quais são os meus direitos?”. Neste artigo, aprofundaremos nas implicações jurídicas após uma traição, elucidando os direitos e proteções disponíveis a quem passa por essa situação. Se você se encontrar nesse cenário, continue a leitura e esclareça suas dúvidas.

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Fui traído, quais os meus Direitos no Divórcio?

Em primeiro lugar, o atual Código Civil Brasileiro não condiciona o divórcio à comprovação de culpa. Ou seja, não é necessário provar a traição para exigir a dissolução do casamento. Ademais, de igual modo a infidelidade não pode influenciar outras questões judiciais, como a partilha de bens ou a guarda dos filhos.


I. Partilha de bens após a traição: 

Primeiramente, precisamos entender que o Direito Brasileiro não utiliza a traição como critérios determinantes para a repartição de bens. Desde a Emenda Constitucional nº 66/2010, o divórcio no Brasil não exige mais a identificação de culpa para sua concretização. Portanto, a infidelidade não determina, por si só, qualquer perda em termos de separação ou uma alteração na divisão do patrimônio do casal. 

A forma como se dará a divisão dos bens depende, em grande medida, do regime de bens escolhido no início do casamento:

  • Comunhão Parcial de Bens : Neste regime, os bens adquiridos durante o casamento são divididos igualmente entre os parceiros. A traição não interfere nesta divisão, a menos que se comprove que um dos parceiros forneceu do casal para beneficiário o terceiro recursos com quem manteve a relação extraconjugal.

  • Comunhão Universal de Bens : Aqui, todos os bens, adquiridos antes ou durante o casamento, pertencem igualmente a ambos. A traição, novamente, não tem efeito direto sobre a divisão.
  • Separação Total de Bens : Cada parceiro mantém sua propriedade individual sobre os bens que adquiriu, independentemente de serem anteriores ou posteriores ao casamento. Dessa forma, a traição não modifica essa dinâmica.

Considerações sobre Dilapidação do Patrimônio

Entretanto, se um dos parceiros usou bens ou recursos do casal de forma imprudente ou para beneficiar o amante (como compra de presentes caros, viagens ou aluguel de imóveis), pode-se argumentar sobre a dilapidação do patrimônio. Nesse caso, a parte prejudicada poderá exigir compensação na partilha dos bens. Sendo assim, respondendo a pergunta: “fui traído quais são os meus direitos no divórcio?” pode ter um significado amplo a depender dos fatos.


II. Guarda dos filhos

Inicialmente, é fundamental ressaltar que o Direito Brasileiro, no contexto de divórcios e separações, não se pauta mais pela identificação de culpa. Assim, em termos legais, a traição não é um direcionamento direto para determinar a guarda dos filhos. O foco central permanece sendo o “melhor interesse da criança”.fui-traido-quais-os-meus-direitos-no-divorcio

Apesar de a traição não ter um amparo legal, é inegável que o turbilhão emocional resultante de tal ato possa afetar as negociações sobre a guarda. As emoções podem influenciar a capacidade dos pais de cooperar e comunicar-se eficazmente. Nesses casos, a mediação familiar torna-se ainda mais essencial, ajudando a separar as mágoas da relação conjugal das responsabilidades parentais.

A saber, um dos pilares da determinação da guarda é a capacidade de cada genitor proporcionar um ambiente estável para uma criança. Assim, se a traição ocorreu em episódios de violência, manifestações intensas ou de instabilidade evidentes, esses fatores podem ser considerados na decisão sobre a guarda. A ênfase está na estabilidade emocional e física do lar, e não diretamente na traição em si.

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III. Fui traído, tenho Direito à Indenização por Danos Morais após a Traição?

A traição, por si só, não é motivo suficiente para pleitear danos morais. No entanto, se a forma como a infidelidade exposta foi humilhação pública, difamação ou outro tipo de dano à indenização e honra do envolvimento traído, então pode haver fundamentação para uma ação de danos morais.

Em algumas situações, um parceiro pode ter utilizado dinheiro ou bens de casal em benefício de amante, como presentes de alto valor, viagens ou mesmo aluguel de propriedades. Nesses casos, é possível reivindicar uma reclamação por danos materiais, recuperando o valor gasto indevidamente. Além disso, reivindicar indenização, seja por danos morais ou materiais, exigindo a apresentação de provas robustas. Documentos, testemunhas, registros e outros meios de prova são essenciais para comprovar tanto o ato de infidelidade quanto os danos sofridos.

Embora o direito à indenização seja uma possibilidade, é crucial ponderar os aspectos práticos e emocionais de levar adiante uma ação judicial. Processos judiciais podem ser longos, desgastantes e onerosos.

A traição, embora dolorosa, não gera automaticamente o direito à indenização no contexto jurídico brasileiro. Entretanto, em situações específicas, onde a honra, a confiança ou o patrimônio de um relacionamento são prejudicados devido à infidelidade, pode haver espaço para reclamações legais. Em todos os casos, contar com o aconselhamento de um advogado especializado em direito de família é essencial para compreender seus direitos e avaliar a melhor abordagem a seguir.


IV. Procedimento de Divórcio em casos de traição

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Recomenda-se que, após a descoberta da traição, você busque orientação jurídica especializada. Um advogado especializado em direito de família com foco na defesa de homens poderá orientar você pelos passos:

  • Reunião de provas : mesmo que o divórcio no Brasil não exija a comprovação de culpa, as provas de traição, a depender do caso poderão ser úteis em outras disputas judiciais, como a guarda dos filhos ou a divisão de bens.
  • Comunicação ao envolvimento: é importante comunicar a decisão de se divorciar e, se possível, buscar uma resolução amigável. Caso contrário, o processo pode ser mais longo e desgastante, tanto financeira, quanto emocionalmente.
  • Petição inicial : através do seu advogado, você poderá dar entrada no pedido de divórcio, seja ele consensual ou litigioso.


V. Conclusão do Artigo: “Fui traído, quais os meus Direitos no Divórcio?”

Por fim, em meio à dor de uma traição, é crucial entender que a infidelidade, por si só, não influencia determinações legais como guarda de filhos ou partilha de bens. No entanto, suas consequências, como danos morais e materiais, podem ser consideradas em contextos específicos. Dessa forma, buscar aconselhamento jurídico é essencial para garantir a proteção e o exercício adequado de seus direitos.

Assim, você poderá ter a tranquilidade,  para prosseguir e perceber quão importante é ter uma boa representação. Dessa forma, ter um advogado especialista nesses momentos é fundamental. Veja também, o que estão falando sobre nossa atuação jurídica. Entenda a razão de sermos um escritório com avaliação  5 ⭐⭐⭐⭐⭐ estrelas nas redes sociais.

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    MARCELLO BENEVIDES

    MARCELLO BENEVIDES

    Advogado e sócio majoritário do escritório de advocacia Marcello Benevides Advogados Associados. Possui mais de 20 anos dedicados ao estudo do direito. Centenas de artigos jurídicos publicados sobre o tema. Vasta experiência em ações ligadas ao Direito de Família e Sucessões, tais como: Planejamento Sucessório e Holding, Inventário Extrajudicial e Judicial, Testamentos e Arrolamento Sumário, Partilha de Bens, Divórcios, Guarda e Pensão Alimentícia. MBA em Holding e Planejamento Societário pela Escola Brasileira de Pós-Graduação (EBPÓS). Pós-Graduado em Direito Empresarial e dos Negócios pela AVM - Universidade Cândido Mendes. Membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM).
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